quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Homem*

Um certo dia um homem esteve aqui, tinha o olhar mais belo que já existiu, tinha no cantar uma oração e no falar a mais linda canção que já se ouviu.
Sua voz falava só de amor, todo gesto seu era de amor e paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou, subiu as montanhas e falou do amor maior. Fez a luz brilhar na escuridão, o sol nascer em cada coração que compreendeu que além da vida que se tem, existe uma outra vida além e assim...O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou não passou e vai sempre existir, flores nos lugares que pisou e o caminho certo pra seguir
Eu sei que Ele um dia vai voltar e nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu, chorar pela semente que morreu sem florescer, Mas ainda há tempo de plantar fazer dentro de si a flor do bem crescer pra Lhe entregar quando Ele aqui chegar




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* Letra de Roberto e Erasmo, dedicada ao aniversariante do dia.
Já havia citado essa canção antes, no Blog do Pablo Artur e hoje não poderia deixar de ouvi-la de novo. Essa música por sinal tem um baita instrumental rock and roll na parte final, levando até alguns roqueiros perguntarem que banda ‘nova’ é essa.

Feliz Natal 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Ele & Ela" - Parte I

Olhou para o relógio e viu que àquela hora, ela já devia estar num sono ferrado. Por vezes, fases e fases, a vida se torna repetitiva. A manhã deste despertar será igual a que virá no dia seguinte. À noite, que cada vez se torna mais longa pra ela, a machuca lentamente na imensidão do silêncio da madrugada em que o mundo dorme e ela insiste em vagar pelo quarto feito um zumbi.

Perdeu o sono quando inventou de dar um jeito na bagunça que estava seu guarda-roupa. Lugar fantástico o guarda-roupa. Sem querer faz parte de todos os momentos de nossas vidas. Para onde vamos temos que antes passar por lá.
Percebeu que havia umas camisetas que ela não vestia há anos, tinham se perdido no tempo. Mas nada que uma tesoura e boas idéias não lhe trouxessem a vida de novo.
Era justamente isso que ela procurava tanto, sua vida de volta, o brilho, à vontade, a excitação em ver e fazer tantas coisas. O organizar das roupas era apenas um passatempo. Tentava em vão mudar o foco dos pensamentos. Mesmo depois de um bom tempo e a certeza que os momentos (que pareciam ser infinitos) ao lado dele não teriam volta. Ainda doía muito a traição e o abandono.

Abriu a ultima das quatro gavetas e achou um antigo caderno. Começou a folhear e viu uma carta com as maiúsculas letras do Ex.
Sentou na cama, dirigiu uma das mãos lentamente à boca que estava aberta e começou a ler a carta...

“Eu sei de tudo, descobri seu segredo. E não se preocupe, não contarei pra ninguém seus poderes. Como é o feitiço que você jogou em mim? Prometa-me que nunca vai desfazê-lo, ta bom?
Pode parecer invenção minha, mas sábado a noite foi sem duvidas a melhor noite que tive na vida.
Foi único. Foi nosso.
Mesmo com todas as condições adversas, como a grama meio molhada em que estávamos sentados e toda aquela multidão andando de um lado para o outro, parecia que estávamos a sós. Mesmo com tantas coisas ao redor com cores e barulho, a única lembrança que tenho é do seu rosto e o som das suas gargalhadas.
Espero que você tenha sentido pelo menos a metade do que eu senti... Ficarei bastante feliz.
Te adoro. Não esqueça disso, ta?"


Suspirou fundo e deixou o corpo se jogar por completo na cama. Ficou olhando para o teto durante alguns minutos, pensamento firme na bendita noite.
Releu a carta mais uma vez e depois dormiu.





Primeira parte de um pequeno conto escrito há anos, está aqui apenas para aumentar o Sanduíche

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