Às vezes finjo que estou fazendo algo e escondido olho por cima do ombro para ver meu filho a brincar. Sozinho, inventando histórias com seus brinquedos, construindo do chão - que um dia brinquei feito criança - em cidades, muros e castelos gigantescos. É lindo, mágico. É quase surreal – para não dizer ‘sem palavras’ – a rotineira cena das brincadeiras, a mente a todo vapor, nem sempre mostrando algo lógico, mas isso é realmente o que menos importa. De tempos em tempos a minha voz tem que intervir em algo que não cabe, e lembro-me da voz de minha Mãe que vinha do andar debaixo quando, sem ter noção, ‘tentava’ derrubar a casa.
Ele para, olha pra mim, pergunta o por que do corte em minha perna, o digo que foi em uma partida de futebol e ele me mostra uma mancha em seu joelho, e diz que também foi quando estava jogando. Manchas no joelho... também as tenho, fruto não só de jogos de futebol, mas de quedas de bicicleta, algumas que doem até quando eu me lembro – e escuto as vaias de quem me viu a cair e ao invés de ajudar, apontou o dedo em gargalhadas. Espero que a arte de fazer uma simples curva não se transforme em problemas para ele, assim como eu enfrentei quando estava a aprender a andar sobre duas rodas.
Torço bastante para as memórias infantis que ele há de levar durante a sua vida, sejam alegres, como as que eu tenho. Meu filho que tanto amo.
terça-feira, 19 de abril de 2011
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