Onde moro não é comum passarem aviões. Observei-o passando, cortando o céu azul e deixando uma linha branca de fumaça pelo caminho. Ali estão algumas dezenas de pessoas, dezenas de destinos, alguns cheios de alegria por estarem indo ao encontro de alguém ou a algum lugar, outros tantos com as bagagens carregadas de boas lembranças voltando para casa. Elas estão sendo carregadas a 800 km por hora. Quem está lá em cima nem percebe isso, muito menos se alguém a 10 mil metros abaixo está parado olhando para cima tentando visualizar os tantos rostos naquela pequena multidão.
Para mim, dois momentos são cruciais no trajeto: pouso e decolagem.
Quando o avião enfim chega ao voo de cruzeiro, e a sensação de algo destampando o ouvido chega junto com vários sons de cintos de segurança se soltando, é um momento de tranquilidade dentro da viagem. No pouso ou na decolagem não tem isso. O que se tem é aquele pensamento de pedir para a aeronave ir mais rápido o possível ou que os freios funcionem de forma correta. Acredito que esse sentimento é de quase 100% dos passageiros, mas claro que tem aqueles que não se incomodam com nada, como aquelas pessoas que fazem tatuagem e conseguem dormir durante a sessão. Eu invejo quem consegue dormir durante toda a viagem. Eu não consigo, tem sempre algo me incomodando. Os campeões nesse assunto são: turbulência e poltrona.
Quando o avião enfim chega ao voo de cruzeiro, e a sensação de algo destampando o ouvido chega junto com vários sons de cintos de segurança se soltando, é um momento de tranquilidade dentro da viagem. No pouso ou na decolagem não tem isso. O que se tem é aquele pensamento de pedir para a aeronave ir mais rápido o possível ou que os freios funcionem de forma correta. Acredito que esse sentimento é de quase 100% dos passageiros, mas claro que tem aqueles que não se incomodam com nada, como aquelas pessoas que fazem tatuagem e conseguem dormir durante a sessão. Eu invejo quem consegue dormir durante toda a viagem. Eu não consigo, tem sempre algo me incomodando. Os campeões nesse assunto são: turbulência e poltrona.
Após alguns voos, a turbulência me incomoda um pouco menos. Costumo olhar para a tripulação quando o avião começa a passar por "cima dos buracos", fui percebendo que eles seguiam o trabalho de distribuir o lanche, por exemplo, da mesma forma que estavam antes da turbulência, então aquilo definitivamente é normal. Já a poltrona... bem, a poltrona não tem jeito.
Um livro costuma ser o meu companheiro de viagem - até porque minha principal parceira costuma sempre estar dormindo. A história no livro me leva para outra viagem, para outro lugar antes mesmo do pouso.
Quando estou lá em cima, olho para o solo. Consigo ver serras, mar e casas. Pessoas, definitivamente, não as vejo.
Quando estou lá em cima, olho para o solo. Consigo ver serras, mar e casas. Pessoas, definitivamente, não as vejo.