Ontem a tarde estive mais uma vez preso numa fila de banco, e como sempre, motivos para sorrir em meio a uma dor nos pés e um cansaço incrível, não faltaram.
Pra começar, antes mesmo de atravessar a temível porta giratória, já me assusto com o enorme ninho de cobras dentro da agência. Não sabia ao certo onde estava o fim da fila... dos idosos!
Primeiro obstáculo; vencer a barreira de senhores de idade já visivelmente aborrecidos com a tamanha espera.
'Licença, por favor’. Fui costurando. Deparei-me então no meio de um engodo de corpos, pessoas que logo de cara percebo que são mal educadas, pelo fato de não seguir as linhas amarelas ponteadas ao chão. Procurei o fim da fila. Não achei. Pela primeira vez tive que perguntar onde era o final da fila, e tive a incrível resposta;
“fica no inicio da dos idosos”. Como assim???
A fila de pagamentos, depósitos e afins terminava justamente onde se iniciava a fila dos idosos.
‘Não, é demais pro meu visual!’. Me estalei no fim da fila, ao lado de um senhor de idade (na fila dos idosos) que reclamava sem parar, num dialeto quase indecifrável. Não demorou muito tempo até eu perceber que era um louco.
‘pronto, agora está completo’.
A fila andava com menos intensidade do que as pessoas que chegavam (sem saber onde exatamente deviam ficar), e num determinado momento, me senti num show, numa rave ou algo parecido. Não existia uma direção exata, parecia que cada um determinava para onde olhava, e não como em uma ‘fila indiana’ tradicional. O caos estava armado!
Isso tudo sem citar os toques clássicos de celulares !
Como passar o tempo numa fila de banco?
Existem algumas ferramentas para se passar tempo numa fila quilométrica de banco, entre elas está o poderoso celular, onde você pode ter instalado desde livros até jogos ultra modernos. Naquele exato momento não tinha nada de interessante, mas tinha uma arma capaz de me transformar no mais alto senhor dos disfarces e ainda me garantir boas risadas (baixinhas, vale lembrar);
O Bluetooth.
Experimente tentar enviar um arquivo para alguém via bluetooh dentro de uma agência bancaria, com certeza vai haver mais de uma pessoa com o buetooth do celular ligado. Bimba! É aí que entra a diversão.
Fotos de paisagens ou engraçadas são boas pedidas.
Achei o celular e enviei a primeira foto. Discretamente ponho o celular no bolso e olho em volta, varias pessoas olham o celular (muita delas estão justamente usando o aparelho para passar o tempo), mas percebo que um rapaz olha o celular desconfiado. É a minha vítima!
Retiro o celular do bolso e vejo que a imagem foi enviada. Levanto a cabeça e vejo a ‘presa’ ainda encucado com a foto.
Passo número 2: tirar fotos dentro da agência. Depois é esperar um pouco (leia-se; muito) para a fila andar, e depois passa a enviá-las. Isso claro, sem esquecer de também enviar outras tantas.
Observar o jeito desconfiado da ‘vítima’ olhando de um lado para o outro é a melhor parte.
Dica:
renomei seu celular na parte de configuração do Bluetooth com o nome de “Recarga Grátis”, a ‘vítima’ sempre pensa que caiu créditos do Céu.
Agora vai a dica mais importante: sempre tenha a absoluta certeza que aquela agência aceita o que você pretende pagar ou receber.