Acho que o tempo parou, ou melhor, acho que aquele último trabalho que fiz, já com alguns meses, não valeria mais o mesmo valor que recebi em troca, se fosse ter que suar de novo para concluir o trabalho, hoje pediria bem mais em troca. Na verdade a minha valorização não se deve a inflação ou as mazelas do mercado internacional, mas sim as contas que chegam por debaixo da porta e não tenho como pagar.
Não sou muito chegado a fábulas ou historinhas pra boi dormir, sou ignorante ao ponto de achar que certas coisas só acontecem com o vizinho, principalmente as boas. Sou irresponsável em desviar o pensamento e querer mesmo é escrever algo quando ainda estiver com efeito do álcool em meu sangue, definitivamente sairia algo extraordinário, com começo meio e fim, ou então, sem o efeito da bebida, escrever em códigos, com declarações escondidas entre argumentos, que só o alvo em questão pudesse entender, criando um jeito próprio de escrever, como faziam Os Karas, de Pedro Bandeira, baseando toda a escrita no código do ‘Tênis Polar’. Mir dorri fesmi, e quo polhe i dazos lie asai pie nelgo irram.
Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra, os parágrafos estão longe de estarem no mesmo artigo, assim como o sucesso e a má vontade. O que pode haver como resultado final de tudo acima é como cada um visualiza esse problema a se resolver, será algo para se somar? Diminuir? Dividir? Multiplicar? Deve ser algo para se pensar bem antes de começar a se resolver, eliminando de imediato tudo que está entre parênteses, deixando assim tudo bem às claras, mas sem esquecer-se do mistério dos códigos, porque acho que a vida sem um pingo de problema para esquentar a cuca é pura monotonia.
O que você me daria em troca para te satisfazer, resolver seus problemas e ainda por cima te balançar antes de dormir? Mas espere, antes de chegarmos a um valor, lhe adianto desde já que nada do que eu fizer será por completo, sempre haverá o sentimento de inacabado ou faltando um parágrafo entre um e outro, não sairei e muito menos armarei campana em lugar algum a procura de novas histórias, com o tempo será visível a vida em círculos que irá se formar com o uso das mesmas palavras, inteligentemente distribuídas de formas diferentes apenas para lhe iludir a pensar que ali está algo novo.
E então, como vai ser? Está disposto a ajudar alguém a lhe pregar peças, esconder as chaves do seu caminho certo no próprio bolso e mandar você procurá-las no outro lugar, lavar as suas toalhas sempre com a mesma água suja?
O tempo parou, tenho certeza... e nada combina com nada.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
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