quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ontem à noite

Nem lembro se ontem tomei ou não um banho depois de tudo. Acho que não, ainda posso senti-lo descer em minhas pernas. Ahhh, adoro quando ele me faz sentir assim, sem sentido, sem lembrar de mais nada além do infinito instante que estamos no topo do mundo, desfrutando a sensação gostosa que nem o mais doce dos chocolates pode me proporcionar, transformando esse quarto abafado num palco ao ar livre, suspenso no ar, me deixando com a cabeça nas nuvens, planando com vento forte em meu rosto sobre um mar azul de águas calmas, adoro quando ele aflora em mim fantasias que escondo até de mim mesma, ditando um roteiro pornô em meus pensamentos, se transformando em vários homens sobre mim, me fazendo ser a mais puta das levianas, sem perder a sensação da santidade, transformando palavrões e xingamentos sussurradas em meus ouvidos na maior das invenções eróticas, exclusivamente criada para me deixar mais excitada, adoro quando monta em mim e se prende com força em meus cabelos para não cair quando me faz de montaria.
Deitado assim em volta dos lençóis ele mais parece uma criança, perdido nesse sono que parece não ter fim. Não quero ser egoísta, mas a vontade de acordá-lo é grande, e recomeçar o que foi feito para não ter fim. Não, não posso acordá-lo, assim estarei sendo mais que egoísta, estarei sendo louca também. Algumas noites foram feitas para ser eternas, tentar prolongá-las é ir contra o rumo natural de tudo. Procurar descansar mais um pouco é o que devo fazer, guardar e absorver um pouco mais do gosto dele emprenhado em todo meu corpo. Durma, durma bem, repouse bastante, mais tarde à noite estarei aqui esperando você me falar ‘Eu te amo’ novamente, resta à surpresa se a declaração será feita com as três palavras ou da mesma forma de ontem. Espero que das duas maneiras.

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