sábado, 27 de agosto de 2011

O caminho para o sorriso

O caminho mostra suas curvas vez por outra, as ondulações e cascalhos no piso dificultam e desacelera o nosso percurso. Não quero LembrarPensarExaltarConversarSeguir a ti apenas quando sou jogado um pouco fora da pista. Sou culpado por isso acontecer ou provavelmente não. Não. Não. Não. Repete-se a palavra, assim como meu comportamento, se repete e não se renova.


O sorriso dele é o meu. Agradeço-te por isso, a alegria é incalculável, perfeita. Divina. O sorriso meu diferente... a pista ficou curvilínea e nela vi que está faltando algo. Ou melhor: acho que está faltando.


Agradeço-te.


Desculpa-me.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Língua

A sensação que ela gosta de me proporcionar. Gosto disso, dessa quase brincadeira de esconde-esconde entre nós dois... mal a vejo, mas sei que ela está lá, me dizendo o que é bom, o que não devo provar, além de uma troca quase incansável com espécie similar.

Brinco com ela, a mordo, a enrosco e remexo.

E repetindo, ela me diz o que é bom e o que ruim. Gosto quando estamos com algo bom, principalmente quando se trata de algo ‘maravilhoso’. Incansável. Suave. Vibrante.
A passo entre os dentes e vejo que há algo faltando... melhor assim, antes existia algo que a incomodava. As manhãs, tardes, noites e madrugadas se resumiam a uma dor que não chegaria a lugar algum. Hoje há uma brecha ali... mas isso é o de menos e nem de longe é o que interessa e o porquê desse texto existir, mas sim o gosto teu que fica nela.

terça-feira, 19 de abril de 2011

(M)eu, filho.

Às vezes finjo que estou fazendo algo e escondido olho por cima do ombro para ver meu filho a brincar. Sozinho, inventando histórias com seus brinquedos, construindo do chão - que um dia brinquei feito criança - em cidades, muros e castelos gigantescos. É lindo, mágico. É quase surreal – para não dizer ‘sem palavras’ – a rotineira cena das brincadeiras, a mente a todo vapor, nem sempre mostrando algo lógico, mas isso é realmente o que menos importa. De tempos em tempos a minha voz tem que intervir em algo que não cabe, e lembro-me da voz de minha Mãe que vinha do andar debaixo quando, sem ter noção, ‘tentava’ derrubar a casa.

Ele para, olha pra mim, pergunta o por que do corte em minha perna, o digo que foi em uma partida de futebol e ele me mostra uma mancha em seu joelho, e diz que também foi quando estava jogando. Manchas no joelho... também as tenho, fruto não só de jogos de futebol, mas de quedas de bicicleta, algumas que doem até quando eu me lembro – e escuto as vaias de quem me viu a cair e ao invés de ajudar, apontou o dedo em gargalhadas. Espero que a arte de fazer uma simples curva não se transforme em problemas para ele, assim como eu enfrentei quando estava a aprender a andar sobre duas rodas.

Torço bastante para as memórias infantis que ele há de levar durante a sua vida, sejam alegres, como as que eu tenho. Meu filho que tanto amo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Segunda chance

Enfim sós. Como há muito tempo não estavam. O lugar não era o mesmo de antigamente, mas isso nem importava, o que valia realmente eram as quatro paredes os separando do mundo. Estranho, mas apesar de tudo que já haviam passados juntos, a imagem que ele sempre tinha dela era a das mais porcas, quando a viu agachada a jogar tudo o que havia consumido durante a noite, jogando também um fedor absurdo. Comida misturado à bebida barata. Os olhos caídos, a parte da roupa no chão e a que ainda a cobria totalmente molhada, suja. A lembrança não era só essa... haviam também os dois sentados, em meio a todos que estavam em pé, e apesar da barreira humana, apesar daquelas pernas inquietas, dava sim para enxergar o horizonte, mesmo que escuro.

A pergunta que surgiu nela quando estavam mais uma vez juntos foi: ‘e se naquela ocasião ele tivesse se entregado também?’ – a vista já não estava boa, quando se recorda daquela noite não a visualiza totalmente em cores perfeitas, há sempre uma mancha, um esquecimento, algo que se perdeu ou que nunca existiu em sua memória. Ela apenas sabe que se jogou, ultrapassou o medo ainda infantil que a acorrentava, e ele, que vivia a cem por hora, querendo viver perigosamente em roletas russas, enfim parou ao ver o sinal vermelho, bem antes da faixa de pedestres. A pergunta a martelava! Martelava! O que teria sido de nós? O mesmo que aconteceu e nos afastou? Ou simplesmente... ‘acho que ele ali não me viu ou que talvez agisse como o homem que sempre achei que ele foi. E nunca um covarde’ – e agora eles estavam ali, mais uma vez frente a frente, haviam vividos tantas coisas desde aquele ultimo encontro, idéias diferentes, o álcool que ainda era ingerido, mas não saia mais da mesma forma, mas sim em formas de gargalhadas e palavras desconexas. Mas o sorriso...bem, ali ainda era o mesmo, em ambos. Existia ainda claramente o ar adolescente de rir de qualquer coisa. Mais uma vez estavam juntos e os dois sabiam que uma segunda chance é privilégio para poucos. Se abraçaram, se beijaram, se excitaram, perceberam que a química ainda funcionava perfeitamente entre ambos. Ficaram assim por um bom tempo. Deitaram na cama, ela de costas pra ele, mas bem juntos e abraçados ainda. As pernas que se multiplicaram, mas mesmo assim ocupavam o espaço de duas.

Os abraços não eram fortes, assim como o sentido já não respondia corretamente a coisas lógicas e aceitáveis. Ficaram assim até perder totalmente o juízo. E dormiram.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Atende o celular!

Depois de muito tempo atendendo o celular que fora esquecido pelo amigo no trabalho e não tendo resposta, o sujeito muito P da vida diz: “ah, vou atender mais não, ninguém fala nada” – eis que olho pra ele e digo: “quando tocar novamente, olha se aparece o nome de quem está ligando, qualquer coisa tu liga de volta”.
Ele vira pra mim e diz: “é o soneca”:)

“soneca” no celular é = a ‘Alarme’.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não interessa o que seja, se o amor – ou ’simplesmente’ idolatração – é por A ou B, por um artista ou uma coleção de latas de diferentes lugares do mundo, de tão incrível que é uma paixão por algo ou alguém, às vezes contagia tanto, que chega a adquirir novos adeptos para a causa.
É inevitável a velha questão do gosto, às vezes demonstrações de amor por uma banda, por exemplo, é rotulada definitiva como uma má feitoria, uma tremenda perda de tempo. “isso nunca foi e nunca será música, será que eles não conhecem o ‘fulano de tal’?” – é fácil ouvir/ler declarações iguais a esta. A questão é: para o fã, aquele som ‘horrível’, não é o que o faz arrepiar quando escuta??? - Se sim, enjoy it!

Para quem ta ‘de fora’, presenciando a situação de estar 24/48 horas em uma fila pra ver um show musical ou uma partida de futebol, é o fim da picada. Mas aquele momento, por muitas vezes embaixo de muito sol ou chuva, chega a ser sublime, além de ser o momento em que ele bate literalmente nas portas da esperança, é também uma ótima oportunidade para trocar figurinhas com outros amantes do mesmo assunto.

Outro dia vi um vídeo de uma turma que esperava a chegada do cantor Eddie Vedder, da banda Pearl Jam, para um simples aperto de mãos. Achei bárbaro todo o desenrolar do vídeo, a duvida da turma se ele viria até eles ou não, o nervosismo nos suspiros quando ele caminhava em direção a eles, o silêncio em forma de ‘nice to meet you’ e ‘Thank you’ e a explosão de alegria quando o Eddie vira as costas e todos passam a se abraçar e a sorrir como crianças. Gosto da banda, todos sabem disso, mas com certeza isso deve acontecer em tantos outros quintais, sejam eles musicais, esportivos ou tantos outros mais.

Abaixo o vídeo em questão;


"I can die"

sábado, 26 de março de 2011

Volta. Recupera.

Tira. Volta. Muda. Renova. Coloca em ti o que há de melhor em mim. E vice versa.
As teias de aranha aparecem quando você deixa de olhar para aquele objeto ou lugar. Limpe. Cuide. Trate. Depois espere por novas teias mais a frente.

A vista é diferente, principalmente o que há sobre nossas cabeças, com um mundo branco de alegrias e a certeza do caminho certo. O leito, quando seguro, funciona em qualquer lugar ou endereço, apesar da sensação de estar tudo jogado. Algumas respostas vêm com o tempo, assim como a calma, certezas e alegrias.

Incrível como às vezes paramos de olhar para algo ou alguma coisa, esquecemos um pouco daquilo que um dia cativamos ao extremo. Sem perceber ou motivo concreto – mas sempre há o motivo – colocamos de novo aquela aliança no dedo da mão esquerda e é a partir dali que entendemos que nunca teria ter saído. Bem vindo de volta Pérola Sanduíche!

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