O que se fazer quando se percebe que a inspiração se foi?Que não lhe pertence mais. Que aquelas idéias que vinham rápidas feitas flechas ao ar de uma hora pra outra se esgotaram?
Antes de procurar a resposta, as mãos vêm a cabeça na clara demonstração de desespero. Todos nós precisamos desse “algo” mais, do momento sublime quando a “lâmpadazinha” da boa idéia aparece sobre nós. E esse desespero é maior quando o assunto é arte. O que será de um cineasta sem novas imagens, de um pintor que só enxerga os mesmos formatos para as nuvens ou de um músico que não acha a rima certa?
É froide
No mundo musical é triste presenciarmos tal coisa, principalmente quando se trata de uma banda querida. Tudo vem às mil maravilhas e de um CD a outro...Pufo! O encanto acaba. É um tal de : “esse é o nosso álbum mais difícil de ser digerido pela maioria do publico”.
Alguns desistem logo do babado, jogam tudo pro ar, e saem de cena sem alardes ( se bem que a maioria inventa um final conturbado com direito a brigas para ver se a banda volta a mídia), outros tentam de qualquer maneira continuar, gravam cd´s ao vivo, dão uma nova roupagem a antigas musicas( muitas vezes no formato acústico) e tentam assim, uma 2ª chance. De um jeito ou de outro, deve ser dolorida a sensação do “Já deu o que era pra dar”. Existem também as bandas que são carregadas por fãs que dão o sangue pela banda e não querem de jeito nenhum ficarem órfãos.
Agora, sabe qual a maior dor (de cotovelo)? É estar numa banda, não se comportar como bom menino e ser chutado para fora de uma hora pra outra. Ah, isso deve ser o fim da picada. Posso enumerar aqui o Dave Mustaine do Megadeath, que estava na formação original do Metallica, e por causa de bebedeira, foi posto pra fora. Até hoje ele chora por isso. Tem também o Renato Rocha, ex-baixo da Legião Urbana e o Patrick Lapan, ex-Los Hermanos, que devido ao seu temperamento, caiu fora e foi para o Detonautas, E depois? Rua de novo!
E por fim, o que fazer sem a tal da inspiração?
Se virar meu velho. Se virar!
Eu estava sem nada pra escrever, e acabou saindo essas linhas tortas.
Então: “se vire, se recicle”
Texto escrito originalmente no Diversidade Musical, colado aqui apenas para aumentar o Sanduíche
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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