sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lágrimas secam sozinhas*

Tudo o que posso ser para você
É a escuridão que já conhecemos
E com esse arrependimento tive que me acostumar
Era tudo ótimo
Quando estávamos no auge
Eu esperava por você no hotel toda noite
Eu sabia que não tinha o par ideal
Mas a gente se via sempre que podia
Não sei por que me apeguei tanto
A responsabilidade é minha
Você não me deve nada
Mas não sou capaz de ir embora


Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora, mas sou crescidinha
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas


Eu não entendo
por que estresso um homem
Quando há coisas tão mais importantes a se fazer
Poderíamos não ter tido nada
Tínhamos que bater num muro
Por isso o afastamento é inevitável
Mesmo se eu deixasse de querer você
Uma perspectiva verdadeira
Eu logo serei a próxima outra mulher de algum homem


Eu não deveria cair nessa de novo
Eu tinha que ser a minha melhor amiga
E não me mastubar pensando em caras idiotas


Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora, mas sou crescidinha
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas


Nosso romance acabou
A sua sombra me cobre
O céu é uma chama


Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora, mas sou crescidinha
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas


Gostaria de dizer que não me arrependo
Que não há divídas emocionais
Porque, quando a gente se despede, o sol se põe
Nosso romance acabou
A sua sombra me cobre
O céu é uma chama
Que só os amantes vêem


Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora, mas sou crescidinha
E do seu jeito,
meu tom triste
Minhas lágrimas secam sozinhas




Tradução de Tears dry on their own, canção de Amy Winehouse, que inspirou o texto anterior. Para ver e ouvir Winehouse, clique aqui

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Já esquecida

A verdade é que sempre gostei daqueles cabelos encobrindo um dos lados da face dela, dando um ar rebelde, com uma ênfase a mais na boa pintura em seus olhos. Puxadinhos. Penetrantes. Sedentos. Alegres. Aqueles olhos que me seguiam fielmente, como o olhar de um felino que espreita sua presa. As pernas grandes e finas, que se jogavam a frente numa velocidade além do normal, se enroscavam em mim como duas cobras gigantes, tentando me sufocar até a morte, deixando-me meio tonto, com o raciocínio confuso, repetindo incansavelmente frases sujas, deixando-a assim cada vez mais excitada, e com isso, forçando cada vez mais o nó que suas pernas laçavam em meu pescoço. Também não é mentira, muito menos machismo de minha parte em afirmar que aquele momento era o único que me interesava em sua pessoa. Não me interessava saber como havia sido seu dia, quanto mais se eu estaria em seus planos para algum evento importante. Apesar de às vezes me condenar por esse sentimento.
Incrível, mas a onda captada naquela foto em que um sorriso imenso brotou em seu rosto ainda costuma cair, e chego a ouvir o som dela batendo nas pedras, junto a isso, barulho de crianças correndo contra o vento e sua mão com areia limpando minhas pernas ainda estão lá. Em algum lugar que não existe mais. Do lado de alguém que não sou mais eu, ou nunca foi.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

De forma aleatória

Passando sempre por onde um dia houve uma grande passarela de ferro, havia ainda a estranha sensação que ela ainda estava lá. Enfiava-se embaixo dos lençóis junto a alguém que há anos dividia por um instante o mesmo espaço no universo, apesar de sempre se sentir daquela forma como se fosse à primeira vez. Sussurrava eroticamente nos ouvidos dele a doce sensação, que aumentava com os abraços, beijos e o suor cada vez mais presente. A doce sensação de ser a primeira vez culminava com a intimidade de anos. Um dia se perguntou o porquê de tantas pessoas cultivarem o prazer de ter embaixo das próprias asas, animais enjaulados, servindo ali como enfeite ou sendo singularmente um objeto de decoração, ela mesma já havia feito tal coisa, não a amaldiçoou por isso, muito menos quem o faz, mas descobriu a graça de tê-los por perto quando eles mesmos quiserem, dando a liberdade da escolha de passar ali o tempo necessário.

Debruçava-se diante da pia constantemente, a água que jogava em seu rosto servia como um refresco para as idéias e não só para a pele suada. O tempo ali era uma pausa disfarçada, ninguém em volta percebia, mas o real desejo era voltar a se posicionar corretamente. Lembrava vagamente das muitas idas ao centro da cidade, buscava quase que repetidamente as mesma coisas, nos mesmos lugares, era normal sair feliz com a compra de uma camisa que um dia ela chegou a detestar, assim como se irritava em ver outro alguém adquirindo uma que ela já tinha pose.

O sonho mais repetido era o que ela menos conseguia se lembrar e a mania de jogar o cabelo por trás da orelha era algo que ela queria dar por fim. Deixou de se esconder de fotos em eventos depois que percebeu que nas poucas que saia, estava sempre de maneira cômica, para não se dizer desastrosa. Parou um dia e entendeu que a vida era a mais das fiéis amiga, tinha sido sempre muito generosa com ela e agradeceu em voz baixinha por isso. Descobriu também que lembranças também podem ser vividas e contadas de forma aleatória.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Trilhas Mais que Sonoras - Pink Floyd - The Wall

Para muitos, esse filme esta registrado como o mais visto em toda a vida.
Para outros tantos, não é um filme, mas sim injeção de tranqüilizantes (entorpecentes) na alma.
Para alguns menos, a gigantesca pergunta: “o que veio antes, o Filme ou o Cd (O ovo ou a galinha)?”, devido a combinação perfeita de som e imagem. E para quase todos citados acima, a porta de entrada para conhecer o som do Pink Floyd.


A historia do filme? Bem, já o vi thousands vezes e sempre tenho a sensação que o enredo esta sempre a mudar. Acho que ainda não entendi. Mesmo depois de varias explicações filosóficas do Marco Aurélio (codinome Marquim), ainda vejo o longa com manchas escuras ao lado, como se fossem lembranças de um sonho.
Acho que viajei... não reparem, estou vendo o filme nesse momento.

O enredo mais fácil de visualizar é a historia de um garoto que sofre com a ausência do Pai morto em guerra, e que as lembranças tristes da infância o transformam em um adulto frustrado e revoltado. Fora isso, temos também uma pequena mostra da maneira autoritária que alguns professores tratam seus alunos, a triste vida de quem depende de produtos químicos para viver “ligado” e a estupidez da guerra. Tudo isso com uma senhora de uma trilha sonora, of course!
O histórico Cd “The Wall” (com as clássicas Another Brick in the wall, Hey You e Confortambly Numb) deixa o longa muito mais fascinante, servindo também como “dialogo” durante a uma hora e meia de filme.

Algumas cenas merecem destaques, como quando ele (adulto) entra com uma garota num Carro-Casa e nos deparamos no interior de um imenso apartamento (que fica destruído em seguida), ou quando ele, líder de uma seita, incentiva a multidão a “caçar” a minoria, e por fim, a espetacular cena dele quando garoto, vagando entre corpos de soldados mortos em guerra, entra num hospital e se encontra com ele mesmo, já adulto. Essa parte do filme afundado no tema “Guerra”, mostra como é surpreendente o casamento de filmes de guerra com canções de amor.


E apesar de ter sido feito em 1982 (o Álbum “The Wall” é de 1979), o filme é um prato cheio de belas imagens e (infelizmente) continua sendo atual. Atualíssimo!



Escrito originalmente no Diversidade Musical

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

NP #4 - Homem invade casa, toma banho, corta o cabelo e prepara frango frito

Um homem invadiu uma casa em Easton, no estado americano da Pensilvânia, tomou banho, cortou o cabelo, bebeu cerveja e até preparou um prato de frango frito na tarde do último domingo (17).

Segundo reportagem do jornal "The Morning Call", Jose Nicolas DeGracia, de 27 anos, foi flagrado pela dona da casa, Grace Knaus, sentado na cozinha, por volta das 17h. Ela disse aos oficiais que nunca tinha visto o homem na vida.

De acordo com a investigação, DeGracia teria passado por vários cômodos da casa, tomado banho e se vestido com roupas e sapatos do filho de Grace. O homem ainda cortou o cabelo, bebeu algumas cervejas que estavam na geladeira e fritou pedaços de frango.

DeGracia foi levado à prisão de Northampton County, e a fiança foi estabelecida em US$ 15 mil.

Fonte: Globo.com

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Poucas horas e uma fiança de U$ 15 mil, deveria ter ido ao hotel mais caro do mundo...

De dois em dois

Costumo me refrescar nos dois chuveiros da casa, assim como descer e subir pelas duas escadas lá existentes, as duas portas de saída em meu quarto acende a dúvida se descanso em um quarto apenas e apesar da diferença nos graus negativos nos meus olhos, uso as lentes de contato da mesma forma tanto em um como no outro, estabelecendo assim duas combinações para cada olho e lente. Mas não é apenas com as duas lentes de contato que corrijo esse defeito ocular, um par de vidros também servem como ajuda.
Os dois períodos idênticos no trabalho é algo tão estranho e de fácil assimilação que nem me vejo explicando algo tão bobo, as duas bolsas com arquivos gravados em dvd´s e os dois relógios pendurados na parede me causam o mesmo sentimento que gosto mais de um a outro. As bandas e cantores com dois nomes são as que mais me agradam, assim como os seus segundos trabalhos, principalmente após a segunda audição.
Há uns dias esse Blog estava ‘esquecido’, assim como outros dois que criei e já há um bom tempo não escrevo nada. O certo é que a contagem são dois Blogs atualizados e dois que definitivamente estão inativos.
Os dois chips em meu aparelho telefônico móvel são bem diferentes e apesar de exercerem a mesma função, gosto mais de um, assim como os dois navegadores instalados no meu computador.

A verdade é que não gosto de preferir um a outro, apesar de me sentir bastante feliz em admirar meus dois sobrinhos da mesma forma. E confesso que desejo me ver em mais um ser vivo, assim como tenho medo de preferir esse que nem sei se um dia irá existir ao que me faz sorrir todos os dias.

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